OBSESSÃO ESPIRITUAL
A
obsessão, embora não seja classificada como uma enfermidade nos compêndios
médicos, já que a Medicina ainda se sustenta em uma visão materialista,
derivada do cartesianismo, que não admite a existência do espírito, pode mesmo
assim ser considerada uma doença da alma, uma epidemia que devasta o Planeta há
milênios.
Esta perturbação traz dor e sofrimento à Humanidade,
tanto no que se refere ao indivíduo, quanto à coletividade. Ela ocorre quando o
espírito se torna vulnerável ao assédio de entidades desequilibradas,
momentaneamente voltadas para a prática do mal e da vingança. Esta abertura da
alma, consequência da falta de vigilância, torna o ser mais frágil, vulnerável,
e o habilita a se tornar vítima da obsessão.
A obsessão espiritual ocorre, portanto,
quando alguém é subjugado por um espírito, seja em um estágio mais ameno, ou em
etapas que passam pela fascinação e a submissão ao jugo de outrem, até atingir
o estado de possessão. Segundo o criador da Doutrina Espírita, Allan Kardec,
este domínio da alma é um ato ininterrupto praticado por seres pelo menos
temporariamente maléficos.
Esta conturbação da alma deixa a pessoa à mercê dos
obsessores, que os influenciam negativamente e despertam ações e atitudes
negativas no obsediado, emoções que se encontravam apenas adormecidas em seu
interior.
Estes espíritos se valem de todos os meios para atingirem os
objetivos almejados, sejam eles atos vingativos diretos ou indiretos, ou outros
fins escusos.
Nas obsessões mais leves os sintomas são ainda
muito discretos, quase invisíveis; é praticamente impossível, neste momento,
identificar a ação de um espírito do mal. Mas quando elas se tornam mais
intensas, denotando mutações comportamentais, os espíritas que já estudaram a
doutrina espírita ou que estão preparados para a prática da mediunidade, estão
aptos a diagnosticar a presença desta enfermidade.
Alguns sinais importantes são o olhar inalterável e
desvanecido, que não se fixa em ninguém; cacoetes de origem nervosa; aparência
mal cuidada; excitação emocional, preocupação, tensão; temores e suspeitas
infundadas; indiferença, sono, mente desligada; pensamentos cristalizados; verborragia,
riso excessivo, silêncio radical ou melancolia; provocações sem motivo,
praticamente incontroláveis; crises que podem culminar com desmaio, imobilidade
e torção violenta dos músculos; entre outros tantos sintomas.
Pode-se questionar o que conduz à obsessão. Deve-se
partir da constatação de que todos somos seres em evolução, portanto
imperfeitos. Por esta razão, a Humanidade está sujeita às leis naturais, entre
elas a da Reencarnação, estágio que todos, a não ser os que já cumpriram
integralmente este ciclo, obrigatoriamente devem atravessar.
Assim sendo, cada ser traz consigo sua bagagem
espiritual, ou seja, as conquistas realizadas, o aprendizado, as experiências,
e também os horrores praticados em outras vidas contra outrem. Estas atitudes
geram consequências, melhor dizendo, adversários no plano espiritual, os
espíritos obsessores, que clamam por vingança, alimentados por um ódio de
variável intensidade.
Mas, ao contrário do que imagina o senso comum, a
obsessão não se dá apenas de desencarnados para encarnados; ela se estabelece
também na relação encarnado/desencarnado; desencarnado/desencarnado;
encarnado/encarnado; enquanto obsessão recíproca; e na forma da auto obsessão.
Por: Ana Lucia Santana
Fontes:
http://www.mundoespiritual.com.br/obsessao.htm
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=07473
http://www.forumespirita.net/fe/o-livro-dos-mediuns/como-reconhecer-que-se-esta-obsediado/